"Você sabe que Deus criou o mundo. Mas foi o homem que tornou o mundo confortável. Tá na bíblia. O homem é o deus do conforto.
Faz sentido.
O único animal que poderia fazer isso é o homem. Você acha que o cachorro faria isso? A girafa faria isso, pescoçuda do caralho? A baleia faria isso?
Não, ia deixar tudo molhado.
Só o homem é capaz de fazer uma coisa assim, confortável como uma poltrona. Sente ela. Um casacão desse assim ó, uhn.
Mas o homem encheu o mundo de coisa ruim também.
Tipo o que?
Lixo.
Não, eu discordo. O lixo é bom. O lixo é o troco."
______________________________________
Trecho do impagável O Cheiro do Ralo, estrelado pelo Jhonny Deep brasileiro, Mister Selton Mello
Pescoçuda do caralho.
quarta-feira, 26 de março de 2008
rasurado pelo
Jorge Teixeira
às
13:09
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Eu também descubro coisas.
quarta-feira, 19 de março de 2008
Peter, Parker e Mary Jane em: Filosofia de Boteco
Com estrelando, Jean Jacques Rousseau.
Peter - Já falei pra vocês da teoria socialista utópica do Russô né.
Parker – Que teoria?
Peter – O Russô foi o primeiro e precurssor do socialismo utópico. E dos mais extremistas. Se liga, se a parada é a seguinte: século 17. O cara era burguês, tava no meio da coisa toda. Por que quem tava no poder? A aristocracia e o clero, por isso a burguesia era oprimida no lance. Os camponeses, cara, estavam tão fudidos que eram oprimidos por uma classe que também era oprimida, ou seja, uma condição de subopressão sacou, oprimidos pelos opressores secundários, que era a burguesia. Ou seja, o Russô, sendo burguês, era oprimido e opressor ao mesmo tempo, por isso ele sacava o que tava rolando ao redor dele. Daí o maluco influenciado pela putaria do iluminismo pegou tudo. O capim tava comendo a vaca, velho.
Parker – E por isso ele é o precursor do socialismo utópico?
Peter – É, ele se tocou que a sociedade tava na roça. Século 17, a revolução industrial tava estralando na Inglaterra, logo logo os camponeses iam se transformar nos proletários marxistas. O Russô burgueizinho revoltado com os privilégio da nobreza ficou puto e teve um estalo: a sociedade ta corrrompida demais bixo! Tamo na merda. Que que ele fez ? Catô o Emilio, que era o filho dele, e se arranco pro mato.
Parker – Peraeee, o Emilio não era filho dele. O Emilio é ficção cara. Foi inventado pra ele poder escrever o livro, porque ele sabia que ia vender pra caralho.
Peter – Foda-se se o Emilio é o filho imaginário dele. Você até esses dias também tinha um amigo imaginário, porque o cara não podia ter um também?
Parker – Quem tinha amigo imaginário?
Peter – Você. Vivia brigando com ele pra ele não comer os peixes do seu aquáaario. Sua mãe achava normal, que isso fazia parte da sua imaginação e num sei quê. Se fosse a minha, mermão, já tinha me internado.
Parker – E nunca tive amigo imaginário cara. Meu amigo imaginário vem da sua imaginação.
Peter - Enfim, o Russô era o Russô e podia se dar ao luxo de ter um filho imaginário.
Mary Jane – Vai ver ele era estéril. Ou brocha. E não podia ter filho.
Peter- Não cara, o Russô tinha três filhos.
Parker – Todos imaginários.
Peter – Não porra. Ele teve três filhos de verdade. Cabeça, tronco e membros. Retomando, ele inventou um filho imaginário porque é antiético escrever livros falando dos seus filhos de verdade saca. E até porque fica parecendo que é auto-ajuda se liga, tipo: “ah eu fiz com o meu filho e deu certo, porque você não tenta com o seu também?” Muito bem, ele virô pro Emilio e falô: ‘bródi, vamo ralá peito que aqui o chicote ta estralano. A sociedade ta na merda, e eu não quero filho imaginário meu metido nessa desgraça. Vamo dá área, vo levá você pro meio do mato e te educá como se deve’. Levou o cara, e educou ele como ele achava que devia.
Mary Jane – Mas perai meu, o cara criado no meio do mato ia ter uns par de problema pra se adaptá à sociedade depois meu.
Peter – Que problema?
Parker – Ah, tipo, ele podia ficar virgem aos 50 anos. Morrer virgem. Que francesa do século 17 que se preze ia quere dá pra um caipira criado no mato?
Peter – Meu, primeiro que ele não era caipira. Ele era filho de Jóta Jóta Russô e teve uma educação vip, de lord. No meio do mato mas de lord. Segundo que qualquer um se adeqüa à putaria. Solta um macaco num putero pra você ver o que ele faz.
Parker – Ah, ele quebra o galho.
Peter – Ce já ouviu aquela né: francesa que não dá, voa. Tava todo mundo querendo dar pro Emilio, meu. O muleque só não comia se não quisesse.
Mary Jane – Ou ele podia comprar uma boneca inflável também.
Parker – É, a Emilia. Huiahiaphaoiauiahiua. Não, a Emilia não é sexy. Fetiche é fetiche né. Cada um tem a boneca inflável que merece.
Mary Jane – Então a sua teoria é: “Russô, O maníaco do parque”. Pior, porque no caso dele é pedofilia e incesto. E ainda configura requintes de cruelade, porque tirô o carinha dos luxos da civilização burguesa pra levar pro meio do mato. Devia ser denunciado pro ministério público.
Peter – Eu já falei que o Russô tinha mulher e filhos. Não precisava estuprar um menino imaginário.
Parker - Mas essa parada de se adequar à sociedade não foi o Durkheim que falou?
Peter – É, falou. Dois séculos depois. Durkheim é século 20 filho.
Parker – Então porra. É contemporâneo.
Peter – Contemporâneo o caralho. O maluco morreu faz mó cara.
Mary Jane – Contemporâneo do Freud pô.
Peter – o Freud ta fora dessa história porque ele é psicólogo. Psicólogo e sociólogo explicam o mundo e acham que são dono da verdade. Mas eles não se ligam nesses tipo de entrelinhas, tá ligaaado..
Com estrelando, Jean Jacques Rousseau.
Peter - Já falei pra vocês da teoria socialista utópica do Russô né.
Parker – Que teoria?
Peter – O Russô foi o primeiro e precurssor do socialismo utópico. E dos mais extremistas. Se liga, se a parada é a seguinte: século 17. O cara era burguês, tava no meio da coisa toda. Por que quem tava no poder? A aristocracia e o clero, por isso a burguesia era oprimida no lance. Os camponeses, cara, estavam tão fudidos que eram oprimidos por uma classe que também era oprimida, ou seja, uma condição de subopressão sacou, oprimidos pelos opressores secundários, que era a burguesia. Ou seja, o Russô, sendo burguês, era oprimido e opressor ao mesmo tempo, por isso ele sacava o que tava rolando ao redor dele. Daí o maluco influenciado pela putaria do iluminismo pegou tudo. O capim tava comendo a vaca, velho.
Parker – E por isso ele é o precursor do socialismo utópico?
Peter – É, ele se tocou que a sociedade tava na roça. Século 17, a revolução industrial tava estralando na Inglaterra, logo logo os camponeses iam se transformar nos proletários marxistas. O Russô burgueizinho revoltado com os privilégio da nobreza ficou puto e teve um estalo: a sociedade ta corrrompida demais bixo! Tamo na merda. Que que ele fez ? Catô o Emilio, que era o filho dele, e se arranco pro mato.
Parker – Peraeee, o Emilio não era filho dele. O Emilio é ficção cara. Foi inventado pra ele poder escrever o livro, porque ele sabia que ia vender pra caralho.
Peter – Foda-se se o Emilio é o filho imaginário dele. Você até esses dias também tinha um amigo imaginário, porque o cara não podia ter um também?
Parker – Quem tinha amigo imaginário?
Peter – Você. Vivia brigando com ele pra ele não comer os peixes do seu aquáaario. Sua mãe achava normal, que isso fazia parte da sua imaginação e num sei quê. Se fosse a minha, mermão, já tinha me internado.
Parker – E nunca tive amigo imaginário cara. Meu amigo imaginário vem da sua imaginação.
Peter - Enfim, o Russô era o Russô e podia se dar ao luxo de ter um filho imaginário.
Mary Jane – Vai ver ele era estéril. Ou brocha. E não podia ter filho.
Peter- Não cara, o Russô tinha três filhos.
Parker – Todos imaginários.
Peter – Não porra. Ele teve três filhos de verdade. Cabeça, tronco e membros. Retomando, ele inventou um filho imaginário porque é antiético escrever livros falando dos seus filhos de verdade saca. E até porque fica parecendo que é auto-ajuda se liga, tipo: “ah eu fiz com o meu filho e deu certo, porque você não tenta com o seu também?” Muito bem, ele virô pro Emilio e falô: ‘bródi, vamo ralá peito que aqui o chicote ta estralano. A sociedade ta na merda, e eu não quero filho imaginário meu metido nessa desgraça. Vamo dá área, vo levá você pro meio do mato e te educá como se deve’. Levou o cara, e educou ele como ele achava que devia.
Mary Jane – Mas perai meu, o cara criado no meio do mato ia ter uns par de problema pra se adaptá à sociedade depois meu.
Peter – Que problema?
Parker – Ah, tipo, ele podia ficar virgem aos 50 anos. Morrer virgem. Que francesa do século 17 que se preze ia quere dá pra um caipira criado no mato?
Peter – Meu, primeiro que ele não era caipira. Ele era filho de Jóta Jóta Russô e teve uma educação vip, de lord. No meio do mato mas de lord. Segundo que qualquer um se adeqüa à putaria. Solta um macaco num putero pra você ver o que ele faz.
Parker – Ah, ele quebra o galho.
Peter – Ce já ouviu aquela né: francesa que não dá, voa. Tava todo mundo querendo dar pro Emilio, meu. O muleque só não comia se não quisesse.
Mary Jane – Ou ele podia comprar uma boneca inflável também.
Parker – É, a Emilia. Huiahiaphaoiauiahiua. Não, a Emilia não é sexy. Fetiche é fetiche né. Cada um tem a boneca inflável que merece.
Mary Jane – Então a sua teoria é: “Russô, O maníaco do parque”. Pior, porque no caso dele é pedofilia e incesto. E ainda configura requintes de cruelade, porque tirô o carinha dos luxos da civilização burguesa pra levar pro meio do mato. Devia ser denunciado pro ministério público.
Peter – Eu já falei que o Russô tinha mulher e filhos. Não precisava estuprar um menino imaginário.
Parker - Mas essa parada de se adequar à sociedade não foi o Durkheim que falou?
Peter – É, falou. Dois séculos depois. Durkheim é século 20 filho.
Parker – Então porra. É contemporâneo.
Peter – Contemporâneo o caralho. O maluco morreu faz mó cara.
Mary Jane – Contemporâneo do Freud pô.
Peter – o Freud ta fora dessa história porque ele é psicólogo. Psicólogo e sociólogo explicam o mundo e acham que são dono da verdade. Mas eles não se ligam nesses tipo de entrelinhas, tá ligaaado..
rasurado pelo
Jorge Teixeira
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11:44
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E o aumento da gasolina ?
segunda-feira, 17 de março de 2008
rasurado pelo
Jorge Teixeira
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12:12
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Trocadalhos do carilho! [sic]
sábado, 15 de março de 2008
rasurado pelo
Jorge Teixeira
às
14:08
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Deixe-se acreditar.
sexta-feira, 14 de março de 2008
Decidi escrever umas parada ai que me ocorre de vez em quando. Por alguns motivos, mas principalmente pra poder acreditar nas minhas próprias opiniões. Nada muito interessante, mas eu acho importante exercitar a linguagem acadêmica que eu tanto nem gosto.
Numa aula dessas, minha professora falava da conhecida dificuldade que se tem em cursos de pedagogia, que é o conflito entre linhas de pensamento que supostamente se atritam. Eu particularmente, na precocidade do meu início de 2º ano de curso ainda não notei nada de tão conflitante entre esses vieses teóricos.
Como estava estranhando essa polêmica toda perguntei pra professora, e minhas suspeitas se confirmaram: o fato é que geralmente existe quase um consenso anti-escolanovista.
Anti-escolanovismo esse muito bem patrocinado pelo Sr. Dermeval Saviani. Ora, diga-se de passagem, feliz da orientação teórica que tem Dermeval Saviani ao seu lado e infeliz daquelas pelas quais ele não simpatiza. O escolanovismo, não por acaso, não caiu nas graças desse nosso prezado pensador. A professora continuou sua exposição comentando que recentemente um professor que pleiteava uma vaga de professor substituto, disse perante a banca que era assumidamente piagetiano, e então chegamos ao x da questão.
Ao que me parece, os críticos do escolanovismo tem certa alergia de piagetianos, pois escola-novistas têm uma tendência dita ‘psicologizante’, note-se a pejoratividade do termo. O argumento é que Piaget, não peca por incapacidade, claro, mas por omissão: ele não se preocupa com o determinante social, material. O anti-escolanovismo é sustentado quase que totalmente por autores de inspiração marxista, pois segundo estes, a educação nova do começo do século XX foi uma proposta burguesa para elitizar ainda mais as elites, insaciáveis.
Então temos duas situações: ou você é construtivista/piagetiano, ou você é marxista/histórico crítico? [pelo menos ao nível das idéias, pois bem sabemos que ao nível da prática esse discurso todo é um luxo quase que impraticado]
É muito natural que quem estuda alguns pensadores se reconheça em alguma vertente mais do que em outra, pois o contrário disso indicaria a falta de reflexão crítica, uma abordagem muito simplista e superficial das teorias, teorias essas que subsidiam os profissionais, da educação ou de qualquer outra área.
Essa leitura superficial, muito provavelmente tornaria o estudante em uma espécie de positivista, imparcial, mesmo que sem se dar conta, já que ele prefere não se comprometer, e isso significa imediatamente cometer o pecado imperdoável de ficar em cima do muro, sintoma direto da falta de convicção.
Mas por outro lado se comprometer a ponto de se afirmar ‘piagetiano mesmo e daí’, é um tanto quanto arriscado, da mesma forma que é arriscado se dizer ‘marxista por convicção’.
E convenhamos que de certa forma se dizer ‘marxista’ seja muito fácil, afinal, em poucas palavras, qual foi a contribuição de Marx? Ele simplesmente provou que todo progresso, em termos humanos, que historicamente houve até hoje foi fruto da luta de classes, dividiu a sociedade capitalista basicamente em patrões e empregados e submeteu todas as relações sociais às relações comerciais e econômicas. Muito bem, partindo desses pressupostos, quem se arrisca a se dizer não-marxista? Se intitular simplesmente não-marxista não seria negar essas ‘máximas’? Ou não? E se afirmar piagetiano é desprezar o fator classes e contradições sociais? Se for, então fazê-lo me parece um suicídio teórico-prático. Da mesma maneira que se afirmar marxista é se comprometer com toda e qualquer vírgula que Marx tenha escrito, e mesmo que essa opção seja confortável, é um tanto quanto restrita.
Fato é que temos muitos professores, profissionais em geral da educação, pedagogos geralmente, que se afirmam como piagetianos ou como marxistas. Certo, como já foi dito, é saudável se comprometer, mas se engajar com um pensador a ponto de se afirmar seu discípulo, não deve corresponder a negar outro, principalmente de outro que se ocupou de uma área diferente do conhecimento, não menos importante.
Amanhã mais dicas.
Numa aula dessas, minha professora falava da conhecida dificuldade que se tem em cursos de pedagogia, que é o conflito entre linhas de pensamento que supostamente se atritam. Eu particularmente, na precocidade do meu início de 2º ano de curso ainda não notei nada de tão conflitante entre esses vieses teóricos.
Como estava estranhando essa polêmica toda perguntei pra professora, e minhas suspeitas se confirmaram: o fato é que geralmente existe quase um consenso anti-escolanovista.
Anti-escolanovismo esse muito bem patrocinado pelo Sr. Dermeval Saviani. Ora, diga-se de passagem, feliz da orientação teórica que tem Dermeval Saviani ao seu lado e infeliz daquelas pelas quais ele não simpatiza. O escolanovismo, não por acaso, não caiu nas graças desse nosso prezado pensador. A professora continuou sua exposição comentando que recentemente um professor que pleiteava uma vaga de professor substituto, disse perante a banca que era assumidamente piagetiano, e então chegamos ao x da questão.
Ao que me parece, os críticos do escolanovismo tem certa alergia de piagetianos, pois escola-novistas têm uma tendência dita ‘psicologizante’, note-se a pejoratividade do termo. O argumento é que Piaget, não peca por incapacidade, claro, mas por omissão: ele não se preocupa com o determinante social, material. O anti-escolanovismo é sustentado quase que totalmente por autores de inspiração marxista, pois segundo estes, a educação nova do começo do século XX foi uma proposta burguesa para elitizar ainda mais as elites, insaciáveis.
Então temos duas situações: ou você é construtivista/piagetiano, ou você é marxista/histórico crítico? [pelo menos ao nível das idéias, pois bem sabemos que ao nível da prática esse discurso todo é um luxo quase que impraticado]
É muito natural que quem estuda alguns pensadores se reconheça em alguma vertente mais do que em outra, pois o contrário disso indicaria a falta de reflexão crítica, uma abordagem muito simplista e superficial das teorias, teorias essas que subsidiam os profissionais, da educação ou de qualquer outra área.
Essa leitura superficial, muito provavelmente tornaria o estudante em uma espécie de positivista, imparcial, mesmo que sem se dar conta, já que ele prefere não se comprometer, e isso significa imediatamente cometer o pecado imperdoável de ficar em cima do muro, sintoma direto da falta de convicção.
Mas por outro lado se comprometer a ponto de se afirmar ‘piagetiano mesmo e daí’, é um tanto quanto arriscado, da mesma forma que é arriscado se dizer ‘marxista por convicção’.
E convenhamos que de certa forma se dizer ‘marxista’ seja muito fácil, afinal, em poucas palavras, qual foi a contribuição de Marx? Ele simplesmente provou que todo progresso, em termos humanos, que historicamente houve até hoje foi fruto da luta de classes, dividiu a sociedade capitalista basicamente em patrões e empregados e submeteu todas as relações sociais às relações comerciais e econômicas. Muito bem, partindo desses pressupostos, quem se arrisca a se dizer não-marxista? Se intitular simplesmente não-marxista não seria negar essas ‘máximas’? Ou não? E se afirmar piagetiano é desprezar o fator classes e contradições sociais? Se for, então fazê-lo me parece um suicídio teórico-prático. Da mesma maneira que se afirmar marxista é se comprometer com toda e qualquer vírgula que Marx tenha escrito, e mesmo que essa opção seja confortável, é um tanto quanto restrita.
Fato é que temos muitos professores, profissionais em geral da educação, pedagogos geralmente, que se afirmam como piagetianos ou como marxistas. Certo, como já foi dito, é saudável se comprometer, mas se engajar com um pensador a ponto de se afirmar seu discípulo, não deve corresponder a negar outro, principalmente de outro que se ocupou de uma área diferente do conhecimento, não menos importante.
Amanhã mais dicas.
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Jorge Teixeira
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11:21
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Bem vindo ao Capivaras!
Esses tempo surgiu a idéia de fazer um blog coletivo com o povo da comunidade do Hurtmold no Orkut. Fiz alguns pra experimentar, pra ver se ficava legal, pra ver se ficava bonitinho e tal. Depois fui deletar os que não tinham ficado bons, e também porque eu não percebi que tinha dado no cadastro do Blogger, o mesmo e-mail que estava cadastrado o meu blog pessoal. Ou seja, eu tinha três blogs pra um mesmo e-mail, então resolvi deletar aqueles que eram experimentais pra deixar o meu blog pessoal com exclusividade naquela conta, e adivinhem: acabei deletando o meu bom e velho vaiplanetaa.blogspot.com. Sem querer.
Pô, um blog às vezes é tudo pra um adolescente juvenil como eu. E ele muitas e muitas vezes foi o meu maior capricho. Minha mãe sempre diz que uma pessoa tem que ter alguma ilusão na vida. Meu blog era uma das minhas poucas ilusões. Era meu poço dos desejos, meu muro das lamentações. Ele tinha quase três anos já. E era muito legal revirar os arquivos e ver os textos que eu escrevi há um, dois anos atrás. Mostra um pouco do que eu era nos tempos idos. Mas eu fui uma anta e deletei ele sem querer. Queria ter oitenta anos e ainda ter o meu blog, pra poder olhar pra trás e ver a dor e a beleza de ser o que eu era. Mas eu o deletei. Como eu sou um inseto inútil.
Bom, agora eu já me acostumei a essa vida de publicações bloguísticas. Uma vez blogger, sempre blogger, man. Por isso, é claro que eu ia fazer outro. Bola pra frente. Daqui a pouco esse aqui tem três anos também. O Capivaras vai fazer a vibe do blogspot agora.
__________________________________
Então resolvi estreiá dando alguma contribuição ao Luiz Nassif. Segue um trecho do impagável ”Batismo de Sangue”, do Frei Betto:
‘Em setembro de 1968, realizou-se o 30º Congresso da UNE, num sítio em Ibiúna. Imagine, Zé: uma reunião clandestina de setecentos participantes! Conta-se que duas mil pessoas sabiam da invasão da Normandia ao fim da II Guerra Mundial e nada transpirou para os alemães. Mas eles estavam em guerra, não em congresso. Nunca a revista Veja vendeu tanto – era estudante por tudo quanto é rua de São Paulo aguardando, nos pontos, os contatos que os conduziriam a Ibiúna. Todos de revista na mão para serem identificados pelos organizadores. Frei Titto e Frei Ratton também foram. ’
Note-se que a ‘Veja nunca vendeu tanto’, porque uma Veja debaixo do braço era o sinal que os estudantes combinavam para serem reconhecidos em encontros com companheiros que eles não conheciam. Tipo uma senha, uma pergunta secreta: “Encontre fulano da VPR na praça da república. Ele vai estar com uma Veja debaixo do braço.”
Ê Mainardi eim. Tempos bons em que a sua revista ainda servia pra alguma coisa!
Acho que o slogan dela deveria ser ‘Veja: indispensável para os Estados Unidos que queremos ser. ’
__________________
Juventude que se liga nessas parada de revista modernistinha: vo levá vocês tudo pro meu sitio e botá os cabrito pra mamá. [Cabritos fortemente nervosos!]. Chapa nos peito, soco no coração, porrada na cabeça pra desentupir o cérebro..
E o aumento da gasolina ? O aumento da gasolina que se foda, eu não tenho carro! Eu quero mais é vê o mundo andando a pé tá ligado. Ia dá pra todo mundo andá na rua tranqüiiiilo, e ia ser um grande benefício pras classe média pobre!
Pô, um blog às vezes é tudo pra um adolescente juvenil como eu. E ele muitas e muitas vezes foi o meu maior capricho. Minha mãe sempre diz que uma pessoa tem que ter alguma ilusão na vida. Meu blog era uma das minhas poucas ilusões. Era meu poço dos desejos, meu muro das lamentações. Ele tinha quase três anos já. E era muito legal revirar os arquivos e ver os textos que eu escrevi há um, dois anos atrás. Mostra um pouco do que eu era nos tempos idos. Mas eu fui uma anta e deletei ele sem querer. Queria ter oitenta anos e ainda ter o meu blog, pra poder olhar pra trás e ver a dor e a beleza de ser o que eu era. Mas eu o deletei. Como eu sou um inseto inútil.
Bom, agora eu já me acostumei a essa vida de publicações bloguísticas. Uma vez blogger, sempre blogger, man. Por isso, é claro que eu ia fazer outro. Bola pra frente. Daqui a pouco esse aqui tem três anos também. O Capivaras vai fazer a vibe do blogspot agora.
__________________________________
Então resolvi estreiá dando alguma contribuição ao Luiz Nassif. Segue um trecho do impagável ”Batismo de Sangue”, do Frei Betto:
‘Em setembro de 1968, realizou-se o 30º Congresso da UNE, num sítio em Ibiúna. Imagine, Zé: uma reunião clandestina de setecentos participantes! Conta-se que duas mil pessoas sabiam da invasão da Normandia ao fim da II Guerra Mundial e nada transpirou para os alemães. Mas eles estavam em guerra, não em congresso. Nunca a revista Veja vendeu tanto – era estudante por tudo quanto é rua de São Paulo aguardando, nos pontos, os contatos que os conduziriam a Ibiúna. Todos de revista na mão para serem identificados pelos organizadores. Frei Titto e Frei Ratton também foram. ’
Note-se que a ‘Veja nunca vendeu tanto’, porque uma Veja debaixo do braço era o sinal que os estudantes combinavam para serem reconhecidos em encontros com companheiros que eles não conheciam. Tipo uma senha, uma pergunta secreta: “Encontre fulano da VPR na praça da república. Ele vai estar com uma Veja debaixo do braço.”
Ê Mainardi eim. Tempos bons em que a sua revista ainda servia pra alguma coisa!
Acho que o slogan dela deveria ser ‘Veja: indispensável para os Estados Unidos que queremos ser. ’
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Juventude que se liga nessas parada de revista modernistinha: vo levá vocês tudo pro meu sitio e botá os cabrito pra mamá. [Cabritos fortemente nervosos!]. Chapa nos peito, soco no coração, porrada na cabeça pra desentupir o cérebro..
E o aumento da gasolina ? O aumento da gasolina que se foda, eu não tenho carro! Eu quero mais é vê o mundo andando a pé tá ligado. Ia dá pra todo mundo andá na rua tranqüiiiilo, e ia ser um grande benefício pras classe média pobre!
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