Eu também descubro coisas.

quarta-feira, 19 de março de 2008

Peter, Parker e Mary Jane em: Filosofia de Boteco
Com estrelando, Jean Jacques Rousseau.

Peter - Já falei pra vocês da teoria socialista utópica do Russô né.
Parker – Que teoria?
Peter – O Russô foi o primeiro e precurssor do socialismo utópico. E dos mais extremistas. Se liga, se a parada é a seguinte: século 17. O cara era burguês, tava no meio da coisa toda. Por que quem tava no poder? A aristocracia e o clero, por isso a burguesia era oprimida no lance. Os camponeses, cara, estavam tão fudidos que eram oprimidos por uma classe que também era oprimida, ou seja, uma condição de subopressão sacou, oprimidos pelos opressores secundários, que era a burguesia. Ou seja, o Russô, sendo burguês, era oprimido e opressor ao mesmo tempo, por isso ele sacava o que tava rolando ao redor dele. Daí o maluco influenciado pela putaria do iluminismo pegou tudo. O capim tava comendo a vaca, velho.
Parker – E por isso ele é o precursor do socialismo utópico?
Peter – É, ele se tocou que a sociedade tava na roça. Século 17, a revolução industrial tava estralando na Inglaterra, logo logo os camponeses iam se transformar nos proletários marxistas. O Russô burgueizinho revoltado com os privilégio da nobreza ficou puto e teve um estalo: a sociedade ta corrrompida demais bixo! Tamo na merda. Que que ele fez ? Catô o Emilio, que era o filho dele, e se arranco pro mato.
Parker – Peraeee, o Emilio não era filho dele. O Emilio é ficção cara. Foi inventado pra ele poder escrever o livro, porque ele sabia que ia vender pra caralho.
Peter – Foda-se se o Emilio é o filho imaginário dele. Você até esses dias também tinha um amigo imaginário, porque o cara não podia ter um também?
Parker – Quem tinha amigo imaginário?
Peter – Você. Vivia brigando com ele pra ele não comer os peixes do seu aquáaario. Sua mãe achava normal, que isso fazia parte da sua imaginação e num sei quê. Se fosse a minha, mermão, já tinha me internado.
Parker – E nunca tive amigo imaginário cara. Meu amigo imaginário vem da sua imaginação.
Peter - Enfim, o Russô era o Russô e podia se dar ao luxo de ter um filho imaginário.
Mary Jane – Vai ver ele era estéril. Ou brocha. E não podia ter filho.
Peter- Não cara, o Russô tinha três filhos.
Parker – Todos imaginários.
Peter – Não porra. Ele teve três filhos de verdade. Cabeça, tronco e membros. Retomando, ele inventou um filho imaginário porque é antiético escrever livros falando dos seus filhos de verdade saca. E até porque fica parecendo que é auto-ajuda se liga, tipo: “ah eu fiz com o meu filho e deu certo, porque você não tenta com o seu também?” Muito bem, ele virô pro Emilio e falô: ‘bródi, vamo ralá peito que aqui o chicote ta estralano. A sociedade ta na merda, e eu não quero filho imaginário meu metido nessa desgraça. Vamo dá área, vo levá você pro meio do mato e te educá como se deve’. Levou o cara, e educou ele como ele achava que devia.
Mary Jane – Mas perai meu, o cara criado no meio do mato ia ter uns par de problema pra se adaptá à sociedade depois meu.
Peter – Que problema?
Parker – Ah, tipo, ele podia ficar virgem aos 50 anos. Morrer virgem. Que francesa do século 17 que se preze ia quere dá pra um caipira criado no mato?
Peter – Meu, primeiro que ele não era caipira. Ele era filho de Jóta Jóta Russô e teve uma educação vip, de lord. No meio do mato mas de lord. Segundo que qualquer um se adeqüa à putaria. Solta um macaco num putero pra você ver o que ele faz.
Parker – Ah, ele quebra o galho.
Peter – Ce já ouviu aquela né: francesa que não dá, voa. Tava todo mundo querendo dar pro Emilio, meu. O muleque só não comia se não quisesse.
Mary Jane – Ou ele podia comprar uma boneca inflável também.
Parker – É, a Emilia. Huiahiaphaoiauiahiua. Não, a Emilia não é sexy. Fetiche é fetiche né. Cada um tem a boneca inflável que merece.
Mary Jane – Então a sua teoria é: “Russô, O maníaco do parque”. Pior, porque no caso dele é pedofilia e incesto. E ainda configura requintes de cruelade, porque tirô o carinha dos luxos da civilização burguesa pra levar pro meio do mato. Devia ser denunciado pro ministério público.
Peter – Eu já falei que o Russô tinha mulher e filhos. Não precisava estuprar um menino imaginário.
Parker - Mas essa parada de se adequar à sociedade não foi o Durkheim que falou?
Peter – É, falou. Dois séculos depois. Durkheim é século 20 filho.
Parker – Então porra. É contemporâneo.
Peter – Contemporâneo o caralho. O maluco morreu faz mó cara.
Mary Jane – Contemporâneo do Freud pô.
Peter – o Freud ta fora dessa história porque ele é psicólogo. Psicólogo e sociólogo explicam o mundo e acham que são dono da verdade. Mas eles não se ligam nesses tipo de entrelinhas, tá ligaaado..

5 comentários:

Mayara disse...

queridinho, tá se superando.
ficou MUITO bom!
aaiahoiahoaihaoa
parabéns! um dia o Nwe York Times te contrata. ou quem sabe então você consegue uma vaga pra ministro e tal.. à la Gil!
aeee.

hasta!

N.S. disse...

Realmente a Emilia não está nem perto de ser sexy.....

Beer Jones disse...

Pra ver como eram as coisas no seculos passados!

Karina disse...

cabeção! vc tinha me passado o endereço do blog errado

e uma pergunta: sociológo e psicólogo entende algo de qualquer coisa?

N.S. disse...

eu aqui de novo
só pra deixar bem claro
que vamo quebra tudo naquele C.A.
a unesp nunca mais será a mesma!
só pra frizar que meter a boca é comigo mesmo!