Esses tempo surgiu a idéia de fazer um blog coletivo com o povo da comunidade do Hurtmold no Orkut. Fiz alguns pra experimentar, pra ver se ficava legal, pra ver se ficava bonitinho e tal. Depois fui deletar os que não tinham ficado bons, e também porque eu não percebi que tinha dado no cadastro do Blogger, o mesmo e-mail que estava cadastrado o meu blog pessoal. Ou seja, eu tinha três blogs pra um mesmo e-mail, então resolvi deletar aqueles que eram experimentais pra deixar o meu blog pessoal com exclusividade naquela conta, e adivinhem: acabei deletando o meu bom e velho vaiplanetaa.blogspot.com. Sem querer.
Pô, um blog às vezes é tudo pra um adolescente juvenil como eu. E ele muitas e muitas vezes foi o meu maior capricho. Minha mãe sempre diz que uma pessoa tem que ter alguma ilusão na vida. Meu blog era uma das minhas poucas ilusões. Era meu poço dos desejos, meu muro das lamentações. Ele tinha quase três anos já. E era muito legal revirar os arquivos e ver os textos que eu escrevi há um, dois anos atrás. Mostra um pouco do que eu era nos tempos idos. Mas eu fui uma anta e deletei ele sem querer. Queria ter oitenta anos e ainda ter o meu blog, pra poder olhar pra trás e ver a dor e a beleza de ser o que eu era. Mas eu o deletei. Como eu sou um inseto inútil.
Bom, agora eu já me acostumei a essa vida de publicações bloguísticas. Uma vez blogger, sempre blogger, man. Por isso, é claro que eu ia fazer outro. Bola pra frente. Daqui a pouco esse aqui tem três anos também. O Capivaras vai fazer a vibe do blogspot agora.
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Então resolvi estreiá dando alguma contribuição ao Luiz Nassif. Segue um trecho do impagável ”Batismo de Sangue”, do Frei Betto:
‘Em setembro de 1968, realizou-se o 30º Congresso da UNE, num sítio em Ibiúna. Imagine, Zé: uma reunião clandestina de setecentos participantes! Conta-se que duas mil pessoas sabiam da invasão da Normandia ao fim da II Guerra Mundial e nada transpirou para os alemães. Mas eles estavam em guerra, não em congresso. Nunca a revista Veja vendeu tanto – era estudante por tudo quanto é rua de São Paulo aguardando, nos pontos, os contatos que os conduziriam a Ibiúna. Todos de revista na mão para serem identificados pelos organizadores. Frei Titto e Frei Ratton também foram. ’
Note-se que a ‘Veja nunca vendeu tanto’, porque uma Veja debaixo do braço era o sinal que os estudantes combinavam para serem reconhecidos em encontros com companheiros que eles não conheciam. Tipo uma senha, uma pergunta secreta: “Encontre fulano da VPR na praça da república. Ele vai estar com uma Veja debaixo do braço.”
Ê Mainardi eim. Tempos bons em que a sua revista ainda servia pra alguma coisa!
Acho que o slogan dela deveria ser ‘Veja: indispensável para os Estados Unidos que queremos ser. ’
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Juventude que se liga nessas parada de revista modernistinha: vo levá vocês tudo pro meu sitio e botá os cabrito pra mamá. [Cabritos fortemente nervosos!]. Chapa nos peito, soco no coração, porrada na cabeça pra desentupir o cérebro..
E o aumento da gasolina ? O aumento da gasolina que se foda, eu não tenho carro! Eu quero mais é vê o mundo andando a pé tá ligado. Ia dá pra todo mundo andá na rua tranqüiiiilo, e ia ser um grande benefício pras classe média pobre!
Bem vindo ao Capivaras!
sexta-feira, 14 de março de 2008
rasurado pelo
Jorge Teixeira
às
11:13
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