Preciso me benzer.Mas reza braba mesmo, trabalho forte, galinha preta. Nesse meu estado chego até a pensar se não seria praga daquele meu ex-patrão.
Começou no fim do ano passado, dezembro de 2007, com o concurso da Polícia. Passei em tudo, fiz o diabo, até alergia do relaxante muscular eu tive, por causa da prova física. Pois bem, faltou a dispensa do Tiro de Guerra e até ao Juiz da infância e juventude eu recorri, [ele mora perto de casa] mas ele me disse que o contato dele na Junta Militar não conseguia me liberar de servir o Tiro antes do prazo determinado. Pois bem, no prazo determinado fui dispensado, e como foi bom ter sido dispensado, mas pra efeito do tal concurso, tarde demais. Perdi o concurso da Polícia. Não foi culpa minha, eu sei, mas todo mundo sabe que nessas situações você fica invariavelmente se sentindo um fracassado, um frustrado, um nada, impotente, um aracnídeo pisado pelo sistema. [sim, o sistema é infalível. Polícia Militar e Exército não se comunicam e eu ficava no meio dessa Guerra Fria, nenhum dos dois pode fazer nada por você e jogam a peteca pro outro, até que fui finalmente vencido. Essa novela durou uns dois meses]
Daí apareceu outro concurso, pra trabalhar em secretaria de escola do Estado. Parecia ideal: 20 mil vagas pro estado inteiro, salário de seiscentão. O Edital dizia que começaria trabalhar em 1º de Abril. Bela piada, hoje é dia 4 e nem convocado pra apresentar documentação eu fui ainda. Só sei que estou aprovado. Aguardo roendo as unhas os funcionários de José Serra me chamarem pra trabalhar. Que mal há em querer ganhar seiscentão?
Nesse meio tempo apareceram umas vagas de estágio no projeto Caná, no bairro Ferradura Mirim. Mais uma saga de etapas e seleções, passei na prova, passei na entrevista do departamento e enfim, vieram os coordenadores do projeto que iriam escolher finalmente quem seria O Vencedor. Fui super simpático, falei de educação popular, Paulo Freire, fiz piada, eles riram etc e tal. Perguntaram em que ano eu estava, 2º ano: “éee, cabecinha boa”.
Não me escolheram. Preferiram os caras já formados em Pedagogia, Biologia e Educação Física, vulgarmente conhecida por ‘Educa’. [‘Faço Educa’. É, bom pra você] Mas fui o único que não era formado e que ficou de suplente, pelo menos. Se é que isso serve de consolo.
Agora apareceu um e-mail que a LBV mandou pro Depto de Educação e a coordenação mandou pros alunos. Vaga de estágio. Liguei na LBV e a moça disse que era pra fazer atividades relacionadas à sociedade, cidadania, ecumenismo, ponto pra mim. E também atividades ou com teatro ou com dança. Você tem experiência com teatro ou com dança? É, agora eu pago meus pecados por não ser nenhum tipo de Nelson Rodrigues nem saber botar a galera pra rebolar como a Joelma. Enfim, não era ela que fazia a seleção, era o tar do CIEE, Centro de Integração Empresa-Escola; não gosto nem um pouco do nome.
Fui no CIEE e a mocinha me diz que entrevista tinha sido hoje pela manhã. Que azar, não? Não, eles não podiam fazer nada. Talvez se eu ligasse na LBV pra ver o que o pessoal lá podia fazer por mim. Já me acostumei a essa deixa de responsabilidades. [neste exato momento que escrevo estou aguardando o retorno do tal pessoal lá]
E então duas coisas: se eu tenho cadastro no CiEE, porque os filhos dumas éguas não me chamaram pra entrevista? E se era o CIEE que estava fazendo a primeira seleção, porque diabos a LBV mandou o e-mail pro curso de Pedagogia da UNESP Bauru?
Pô Iaiá, se eu peco é na vontade, meu. É, justamente isso que você está pensando. Sou penas um rapaz latino-americano, sem dinheiro no banco. Igual o Lula nos anos 60. Queriam que eu falasse mal dele né. Seus abutres. Preciso de um programa de aceleração do crescimento na minha vida. Sem drama
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