Foi esses dias atrás, no show do Funk como le gusta, que a moça do SESC disse que o Jorge Ben vinha pra esses lados dia 25 de março. Auei, até que enfim Bauru pode se dar ao luxo de receber um show tunder, longe dos pseudo-universitários que imperam nas W-Dolce da vida, e os showzinho de tiozão-burguês de muitos reais do Alameda. Mas eu quero tratar é da genialidade do Jorge pras coisas improváveis.
E tem um som em especial que é deveras demais, não só pelo sambalanço como pela temática, é O circo chegou. Um tempo atrás eu andava muito interessado na Mulher Barbada, da Adriana Calcanhoto. Acho que fiquei uns 15 dias ouvindo aquilo, me colocando diante da esfinge O que será que tem a perder a mulher barbada?! Porra, como assim, nunca ninguém parou pra sentir a dor da mulher barbada. Puta brisa, a mulher barbada é reconhecida pelo que tem de mais bizarro.
De maneira que isso só afirmava a admiração que eu tinha pela cultura alternativa do circo, diante da unanimidade que hoje é a cultura pop. Mas existem algumas diferenças do circo do Jorge Ben e o da Adriana. Então vamos aos fatos. O circo do Fio Maravilha tem um macaco cientista (!), um urubu que toca flauta e violão, uma orquestra de sapo, a cabra ciclista, a girafa seresteira, um anão gigante, a mulher barbada, o homem avestruz e o homem foguete. Sério, eu não consigo ouvir isso sem imaginar pateticamente um macaco cientista de fato. Invariavelmente vem à minha cabeça a figura de um primata com jaleco e óculos na ponta do nariz (que nariz?), manipulando tubos de ensaio. E quando menos você espera, suspense, o leão foge da jaula. Mas calma minha gente que o leão é sem dente! Er, vamos ao circo da Calcanhoto.
No circo dos dissabores da mulher barbada constam: a trapezista, o domador e o palhaço. Mas não é a fartura de atrações que torna esse picadeiro especial. É a dor da mulher barbada e as eternas incógnitas que ela enfia como espadas em nossa goela abaixo. Afinal, com o que será que sonha a mulher barbada? Será que em sonho ela salta como a trapezista? E sonhando se arrisca como o domador? Ou só tira a máscara como o palhaço? E o que será que tem a perder a mulher barbada?!
O circo da Calcanhoto e do Benjor são bem diferentes, mas são igualmente geniais. Porém o Benjor tem a vantagem e o suing de rimar Deise com raio-leizi. A grande cartomante, a internacional Deise, a mulher do homem que come raio-laser!
O circo chegou, dia 25 vamos todos até lá, o palhaço que é, é ladrão de mulhé!
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1 comentários:
já que tu falou do circo do jorge, do circo da adriana, fale agora do circo do...
O TEATRO MÁGICO!
(ri até amanhã, da própria gracinha, que decadência... capaz de nem você rir, nem ninguém, só eu. e isso sim, é dor de mulher barbada.)
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