
Domingo último foi o segundo show do Radiohead no Brazil, com direito à abertura pelos cariocas do los hermanos e os alemães do Kraftwerk, que até então eu não fazia nem idéia que existia. Los Hermanos esses que estavam em hiato, em recesso por tempo ainda indeterminado;
No presente, o Radiohead não interessa, a não ser pelo motivo que ele foi a causa do ajuntamento daqueles quatro barbudinhos.
A última vez que a banda tinha se juntado pra tocar foi na gravação do Multishow Registro, no show de despedida na Fundição Progresso. Pois bem, entre este show e este último há que se fazer algumas colocações, para os blogueiros desempregados que tanto gostam de tietar aqueles caras estranhos. No fundo eu sou mais um garoto achando que sua banda preferida é a melhor banda do mundo. Então vamos falar de entrelinhas fúteis que é isso que interessa.
No show da Fundição o diretor do dvd foi o Nilson Primitivo, e como o trocadilho já foi bem usado, o registro ficou igualmente primitivo, com ar de documentário. Tipo ‘alguém pega uma câmera aí e grava esse momento’. Tomadas de lugares esquisitos, nada muito bem produzido, mas segundos os caras esse tal de Nilson ‘faz cinema de uma forma diferente’. Nada muito comportadinho como os acústico Mtv, mas ficou estranho mesmo. Enfim, a banda é boa e a qualidade do áudio e todas aquelas músicas num show de despedida valeram a pena.
Numa entrevista ae o Camelo disse que como há a necessidade de rotular a banda, e por eles serem meio difícieis de catalogar, é comum os jornalistas olharem e dizerem “ah, todos vocês têm barba né!”. A barba muitas vezes é critério de classificação da banda.
Talvez o Los Hermanos seja uma banda com um estilinho e tal. Estilinho cult, cariocas da gema da Puc. Mas a forma não se sobrepõe em momento algum ao conteúdo. Voltemos à despedida da Fundição Progresso.
No show do último dvd Marcelo Camelo estava de terno, O Amarante de camiseta, o Bruno como sempre e o Barba de bermuda. Um absolutamente nada a ver com outro. O único dissonante nessa história era o senhor marido da Mallu, que até então ninguém tinha visto o cara estranho de terno. Outra diferençazinha era o Barba que estava particularmente esculachado pra gravação de um dvd. O cara de bermudão de domingo tocando de meia.
Futilidades à parte esse é um Los Hermanos quase convencional, já que eles não são uma banda de caldeirão do Huck, não tem figurinistinha por trás cuidando da imagem da banda.
Já no show do Radiohead os cabra estavam bem no estilinho. Todo mundo muito parecido, e o Barba, aquele de bermuda e meia, tava com uma camisa xadrez toda descolada. Opaaaaaa
Na entrevista pro Edgar logo depois do show ele já estava com suas convencionais camisas de esporte. Isto é, alguém andou se preocupando com o rótulo dessa vez. O Amarante que sempre foi o mais excêntrico dos 4 estava com um nike verde berrante.
O saldo de dois anos de recesso do Los Hermanos fica assim: uma barriguinha saliente pro Marcelo Camelo, fim dos cachinhos miguxescos de Rodrigo Amarante, bigodinho e um estilo pequeno-burguês pra Bruno Medina, e uns tantos outros quilos a mais pra Rodrigo Barba, além de sua nova camisa indiezinha-under-rock.
Produtivamente, dois discos paralelos dos guitarra, participação com a Calcanhoto pelo mundo pro tecladista Medina e na Canastra pro Barba.
E que venha o dvd do Sou, com os inorgânicos paulistanos do Hurtmold, já que o cd do Litlle Joy deixou muuito a desejar com seu derundêzinho californiano que não convence.
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3 comentários:
"No fundo eu sou mais um garoto achando que sua banda preferida é a melhor banda do mundo."
duas palavras, jorge: que merda.
hahahae! :D
vai trabalhar, mano!
será que eles colocaram sapatos novos? e agora, só levam a saudade da morena, que é tudo que vale a pena?
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