MAS, SE ERGUES DA JUSTIÇA A CLAVA FORTE,
VERÁS QUE UM FILHO TEU NÃO FOGE À LUTA,
NEM TEME, QUEM TE ADORA, A PRÓPRIA MORTE.
TERRA ADORADA,
ENTRE OUTRAS MIL,
ÉS TU, BRASIL,
Ó PÁTRIA AMADA!
__________________
sem mula dessa vez
Mas quando eu era pivete, eu sempre me emocionava nessa parte
é a mais forte.
dá mó sentimento de irmandade
"Nem teme quem te adora a própria morte, maláaandro.
Esse é o hino mais fodão de todos
e eu sei lá porque eu resolvi falar disso.
To patrioticamente carente
[sem querer rimá]
.
Nem teme quem te adora
quinta-feira, 31 de julho de 2008
rasurado pelo
Jorge Teixeira
às
19:45
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Do sétimo andar
terça-feira, 29 de julho de 2008
Desde o ano passado que existe a teoria da música Do Sétimo Andar, da recessiva banda Los Hermanos. Mas nunca dei corpo a tal suspeita. Então sentem, que lá vem a conversa de botas batidas.

Contextualizando, o Los hermanos é uma banda que acabou não acabando no ano passado, e que pariu dúzias de outras bandas, que vieram suprir a demanda dos fãs órfãos de suas belas canções. Alguns exemplos de bandas que se tornaram filhas da morte do Los Hermanos: Mombojó, Móveis coloniais de acaju, Teatro Mágico, Los Porongas, Do Amor, Orquestra Imperial em certa medida, etc. Não que eles tenham nascido por causa do fim da banda, mas que esse fator deu uma catapultada em suas carreiras, ah isso deu.
A música Do Sétimo Andar é uma das melhores do terceiro disco, o Ventura. Tem uma das melhores melodias do naipe de metais também, fora a interpretação singular daquele guitarrista bêbado. Me desculpem se com isso eu vou acabar com toda atmosfera sentimental da música, mas o Amarante na verdade fez ela pro seu cachorro, pronto falei. Ela não diz, mas essa é a verdade. Analisemo-a, que começa bem assim:
Fiz aquele anuncio e ninguém viu
Pus em quase todo lugar
A foto mais bonita que eu fiz
Você olhando pra mim
Quer dizer, ele perdeu o cachorro, fez um cartaz daqueles de ‘procura-se, gratifica-se bem’ com a foto do canino, ‘falar com Rodrigo Amarante’. Continua
Deus sabe o que quis foi te proteger
Do perigo maior que é você
E eu sei que parece o que não se diz
No seu caso é o tempo passar
Quem fala é o doutor.
Pior que perder seu cachorro, é perder seu cachorro com raiva! Foi quando o veterinário disse ao compositor que esse tipo de ferida, só o tempo pode curar. (...) Next
...E foi difícil ter que te levar aquele lugar
Como é que hoje se diz
Você não quis ficar
Pois é, canil não é pra qualquer um não malandro. Foi dura a dor de Rodrigo levar seu Cocker spaniel (ou seria seu Chiuaua?) para aquele clínica de repouso, ou seja lá que nome tenha hoje.
Os poucos que viram você aqui
Me disseram que mal você não faz
e se eu numa esquina qualquer te vir
será que você vai fugir?
se voce for eu vou correr
se for eu vouu
Ora bolas, que mal poderia fazer um Cocker spaniel? Mesmo com raiva, aquele quadrúpede orelhudo é incapaz de fazer mal à qualquer Charlie Brown Jr. Pois foi daí que deu-se a piora. O animal fugiu do tal lugar que não sabemos hoje como se diz, e desapareceu. Reparem como a música é um ciclo, ele começa falando do cartaz que tinha feito, e termina se perguntando se, caso o veja em alguma esquina do Leblon, o meninão iria sair correndo.
Se você for eu vou. “Se for eu vooooou, lêeeeeeereeeeeeeeeeeeeee lalalaaaaaaaaaa

Contextualizando, o Los hermanos é uma banda que acabou não acabando no ano passado, e que pariu dúzias de outras bandas, que vieram suprir a demanda dos fãs órfãos de suas belas canções. Alguns exemplos de bandas que se tornaram filhas da morte do Los Hermanos: Mombojó, Móveis coloniais de acaju, Teatro Mágico, Los Porongas, Do Amor, Orquestra Imperial em certa medida, etc. Não que eles tenham nascido por causa do fim da banda, mas que esse fator deu uma catapultada em suas carreiras, ah isso deu.
A música Do Sétimo Andar é uma das melhores do terceiro disco, o Ventura. Tem uma das melhores melodias do naipe de metais também, fora a interpretação singular daquele guitarrista bêbado. Me desculpem se com isso eu vou acabar com toda atmosfera sentimental da música, mas o Amarante na verdade fez ela pro seu cachorro, pronto falei. Ela não diz, mas essa é a verdade. Analisemo-a, que começa bem assim:
Fiz aquele anuncio e ninguém viu
Pus em quase todo lugar
A foto mais bonita que eu fiz
Você olhando pra mim
Quer dizer, ele perdeu o cachorro, fez um cartaz daqueles de ‘procura-se, gratifica-se bem’ com a foto do canino, ‘falar com Rodrigo Amarante’. Continua
Deus sabe o que quis foi te proteger
Do perigo maior que é você
E eu sei que parece o que não se diz
No seu caso é o tempo passar
Quem fala é o doutor.
Pior que perder seu cachorro, é perder seu cachorro com raiva! Foi quando o veterinário disse ao compositor que esse tipo de ferida, só o tempo pode curar. (...) Next
...E foi difícil ter que te levar aquele lugar
Como é que hoje se diz
Você não quis ficar
Pois é, canil não é pra qualquer um não malandro. Foi dura a dor de Rodrigo levar seu Cocker spaniel (ou seria seu Chiuaua?) para aquele clínica de repouso, ou seja lá que nome tenha hoje.
Os poucos que viram você aqui
Me disseram que mal você não faz
e se eu numa esquina qualquer te vir
será que você vai fugir?
se voce for eu vou correr
se for eu vouu
Ora bolas, que mal poderia fazer um Cocker spaniel? Mesmo com raiva, aquele quadrúpede orelhudo é incapaz de fazer mal à qualquer Charlie Brown Jr. Pois foi daí que deu-se a piora. O animal fugiu do tal lugar que não sabemos hoje como se diz, e desapareceu. Reparem como a música é um ciclo, ele começa falando do cartaz que tinha feito, e termina se perguntando se, caso o veja em alguma esquina do Leblon, o meninão iria sair correndo.
Se você for eu vou. “Se for eu vooooou, lêeeeeeereeeeeeeeeeeeeee lalalaaaaaaaaaa
rasurado pelo
Jorge Teixeira
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07:48
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Tchubaruba
sábado, 26 de julho de 2008
rasurado pelo
Jorge Teixeira
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09:03
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Chapeuzinho vermelhinha
quarta-feira, 23 de julho de 2008
Era uma vez uma jovem chamada Chapeuzinho Vermelho que vivia à beira de uma grande floresta com árvores e plantas exóticas num belo exemplo de integração entre utilização natural dos recursos e urbanização. Chapeuzinho Vermelho vivia com sua progenitora, a qual ela tinha o hábito de chamar como "mãe". No entanto, a utilização deste termo não implicava que ela trataria com menos respeito outras pessoas com as quais ela não tivesse uma grande ligação biológica. Da mesma forma ela não pretendia denegrir ou menosprezar os valores tradicionais das estruturas familiares. De qualquer forma, Chapeuzinho insiste em registrar que lamenta se algumas destas impressões pejorativas possam ser deduzidas desta estória.
Um dia, a Mãe de Chapeuzinho Vermelho pediu que ela transportasse uma cesta de frutas sem tratamento químico e água mineral para a casa de sua avó.
"Mas, mãe, tal iniciativa não seria roubar o trabalho de pessoas sindicalizadas que lutaram anos a fio pelo direito de exercer sua atividade profissional na qualidade de transportadores?"
A Mãe de Chapeuzinho garantiu-a que todas as formalidades já haviam sido providenciadas junto ao sindicato de transportadores e o formulário autorizando esta missão autônoma já estava devidamente carimbado.
"Mas, mãe, você não está me oprimindo com esta ordem?"
A Mãe explicou-lhe que é impossível que uma mulher oprima outra mulher, posto que todas as mulheres são igualmente oprimidas por uma sociedade machista.
"Mas, mãe, não deveria ser o meu irmão, na sua condição de opressor, que deveria se encarregar desta tarefa no intuito de aprender a condição de oprimido?"
A Mãe lembrou-lhe que seu irmão estava participando de uma passeata pelo direitos dos animais, além disto a tarefa em questão não poderia ser considerada uma típica tarefa feminina, mas sim uma atitude que visa o sentimento de comunhão e companheirismo entre mulheres.
"Mas, mãe, não estaríamos então oprimindo Vovó através da mensagem subliminar que ela está velha demais para garantir sua própria subsistência?"
A Mãe lhe assegurou que Vovó não estava doente nem incapacitada nos planos físico e mental, ainda que nenhuma desta condições implique que alguém possa ser considerado inferior a pessoas ditas saudáveis.
Convencida e segura de seus atos, Chapeuzinho Vermelho partiu pela floresta. Várias pessoas consideram a floresta como um lugar perigoso, mas Chapeuzinho sabia que este tipo de medo irracional está baseado em paradigmas culturais impostos por uma sociedade patriarcal que encara a natureza como um conjunto de recursos a serem explorados, e por esta razão acredita que predadores naturais são adversários. Outras pessoas evitavam a floresta por medo de ladrões e marginais, mas Chapeuzinho acreditava que numa sociedade justa e não hierárquica, todas as pessoas poderiam exercer seu direito de viver segundo suas próprias regras sem serem taxadas como "marginais".
No caminho, Chapeuzinho passou por um lenhador e observou algumas flores, porém momentos após ela se viu frente a um lobo. O lobo perguntou-lhe o que ela carregava na cesta. Chapeuzinho, lembrando-se que sua professora havia recomendado a prudência quando estranhos tentassem falar com ela, hesitou. No entanto, segura de si e consciente de sua sexualidade,
decidiu responder ao lobo.
"Eu estou levando mantimentos saudáveis para a minha Avó num gesto de solidariedade."
O lobo então comentou que não era seguro para uma menina passear pela floresta sozinha.
"Eu me sinto completamente ofendida pelo seu comentário sexista, apesar disto eu decidi ignorá-lo por causa do seu status social de excluído. A pressão da sociedade é a verdadeira responsável pelo desenvolvimento deste seu ponto de vista alternativo. Agora, com licença, pois vou retomar o meu caminho."
O lobo, provavelmente devido à sua condição de excluído, pode adotar um pensamento não-linear fora dos padrões ocidentais e da moral judaico-cristã que o levou a utilizar um caminho alternativo para chegar antes de Chapeuzinho a casa da Vovó. Lá chegando, devorou (lato sensu) a Vovó numa ação afirmativa de sua condição de predador desprovido de escrúpulos. Então movido por noções rígidas e tradicionais de comportamento o lobo vestiu a camisola da Vovó e deitou-se na cama cobrindo moralisticamente todas suas partes que poderiam denunciá-lo (anatomicamente falando). Chegando à casa da Vovó, Chapeuzinho sentenciou:
"Vovó, eu lhe trouxe um lanche gratuito para saudá-la em sua condição de sábia e madura matriarca!"
O lobo respondeu suavemente: "venha cá, minha netinha, para que eu possa te ver. "
"Nossa! Vovó, que olhos grandes que você tem!"
"Você esquece que eu tenho certas deficiências visuais totalmente compatíveis com minha idade, apesar disto não afetar em nada minha capacidade ou qualificação como ser humano produtivo e válido para a sociedade"
"E Vovó, que nariz enorme você tem..."
"Naturalmente, eu poderia ter mudado isto, mas resolvi não ceder às pressões sociais da estética e do consumismo."
"E Vovó, que dentes afiados você tem ..."
Nisto o lobo, não agüentando mais o proselitismo da discussão e numa típica reação de seu meio social, saltou da cama pegando Chapeuzinho e abriu sua bocona... Chapeuzinho, porém, retrucou:
"Eu creio que você está esquecendo de me pedir a permissão para aumentar o nosso nível de intimidade."
O lobo surpreso ficou sem ação e neste momento o lenhador entra pela porta agitando seu machado:
"Não se mexa!"
"O que você pensa que está fazendo?" Perguntou Chapeuzinho."Se eu lhe deixo me ajudar agora, eu estarei expressando uma falta de confiança em mim mesma e em minhas capacidades, o que causaria uma tremenda falta de auto-estima que poderia se refletir inclusive no meu desempenho escolar."
Porém o lenhador não se intimida e responde: "Última chance, baby, afaste-se desta espécie protegida, eu sou um agente credenciado do IBAMA."
Como Chapeuzinho não considerou fundamentada a imposição imperialista e policial, o lenhador num movimento seco deu uma machadada certeira na contraventora.
"Ainda bem que você chegou a tempo!" Disse o lobo aliviado. "Esta jovem e sua Avó haviam me capturado nesta ideologia de violência."
"Não." Diz o lenhador. "A verdadeira vítima aqui sou eu, que tive que lidar com minha raiva profunda e encarar de frente todos os meus fantasmas. E ainda vou ter que lidar com o imenso trauma de ter tido contato com uma parte violenta da minha essência para a qual minha formação pessoal não estava preparada a confrontar."
"Eu sinto sua dor." Condescendeu o lobo. Os dois se abraçam fraternalmente.
__________________________________
Roubado dos arquivos do Blog da Letrista.
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Um dia, a Mãe de Chapeuzinho Vermelho pediu que ela transportasse uma cesta de frutas sem tratamento químico e água mineral para a casa de sua avó.
"Mas, mãe, tal iniciativa não seria roubar o trabalho de pessoas sindicalizadas que lutaram anos a fio pelo direito de exercer sua atividade profissional na qualidade de transportadores?"
A Mãe de Chapeuzinho garantiu-a que todas as formalidades já haviam sido providenciadas junto ao sindicato de transportadores e o formulário autorizando esta missão autônoma já estava devidamente carimbado.
"Mas, mãe, você não está me oprimindo com esta ordem?"
A Mãe explicou-lhe que é impossível que uma mulher oprima outra mulher, posto que todas as mulheres são igualmente oprimidas por uma sociedade machista.
"Mas, mãe, não deveria ser o meu irmão, na sua condição de opressor, que deveria se encarregar desta tarefa no intuito de aprender a condição de oprimido?"
A Mãe lembrou-lhe que seu irmão estava participando de uma passeata pelo direitos dos animais, além disto a tarefa em questão não poderia ser considerada uma típica tarefa feminina, mas sim uma atitude que visa o sentimento de comunhão e companheirismo entre mulheres.
"Mas, mãe, não estaríamos então oprimindo Vovó através da mensagem subliminar que ela está velha demais para garantir sua própria subsistência?"
A Mãe lhe assegurou que Vovó não estava doente nem incapacitada nos planos físico e mental, ainda que nenhuma desta condições implique que alguém possa ser considerado inferior a pessoas ditas saudáveis.
Convencida e segura de seus atos, Chapeuzinho Vermelho partiu pela floresta. Várias pessoas consideram a floresta como um lugar perigoso, mas Chapeuzinho sabia que este tipo de medo irracional está baseado em paradigmas culturais impostos por uma sociedade patriarcal que encara a natureza como um conjunto de recursos a serem explorados, e por esta razão acredita que predadores naturais são adversários. Outras pessoas evitavam a floresta por medo de ladrões e marginais, mas Chapeuzinho acreditava que numa sociedade justa e não hierárquica, todas as pessoas poderiam exercer seu direito de viver segundo suas próprias regras sem serem taxadas como "marginais".
No caminho, Chapeuzinho passou por um lenhador e observou algumas flores, porém momentos após ela se viu frente a um lobo. O lobo perguntou-lhe o que ela carregava na cesta. Chapeuzinho, lembrando-se que sua professora havia recomendado a prudência quando estranhos tentassem falar com ela, hesitou. No entanto, segura de si e consciente de sua sexualidade,
decidiu responder ao lobo.
"Eu estou levando mantimentos saudáveis para a minha Avó num gesto de solidariedade."
O lobo então comentou que não era seguro para uma menina passear pela floresta sozinha.
"Eu me sinto completamente ofendida pelo seu comentário sexista, apesar disto eu decidi ignorá-lo por causa do seu status social de excluído. A pressão da sociedade é a verdadeira responsável pelo desenvolvimento deste seu ponto de vista alternativo. Agora, com licença, pois vou retomar o meu caminho."
O lobo, provavelmente devido à sua condição de excluído, pode adotar um pensamento não-linear fora dos padrões ocidentais e da moral judaico-cristã que o levou a utilizar um caminho alternativo para chegar antes de Chapeuzinho a casa da Vovó. Lá chegando, devorou (lato sensu) a Vovó numa ação afirmativa de sua condição de predador desprovido de escrúpulos. Então movido por noções rígidas e tradicionais de comportamento o lobo vestiu a camisola da Vovó e deitou-se na cama cobrindo moralisticamente todas suas partes que poderiam denunciá-lo (anatomicamente falando). Chegando à casa da Vovó, Chapeuzinho sentenciou:
"Vovó, eu lhe trouxe um lanche gratuito para saudá-la em sua condição de sábia e madura matriarca!"
O lobo respondeu suavemente: "venha cá, minha netinha, para que eu possa te ver. "
"Nossa! Vovó, que olhos grandes que você tem!"
"Você esquece que eu tenho certas deficiências visuais totalmente compatíveis com minha idade, apesar disto não afetar em nada minha capacidade ou qualificação como ser humano produtivo e válido para a sociedade"
"E Vovó, que nariz enorme você tem..."
"Naturalmente, eu poderia ter mudado isto, mas resolvi não ceder às pressões sociais da estética e do consumismo."
"E Vovó, que dentes afiados você tem ..."
Nisto o lobo, não agüentando mais o proselitismo da discussão e numa típica reação de seu meio social, saltou da cama pegando Chapeuzinho e abriu sua bocona... Chapeuzinho, porém, retrucou:
"Eu creio que você está esquecendo de me pedir a permissão para aumentar o nosso nível de intimidade."
O lobo surpreso ficou sem ação e neste momento o lenhador entra pela porta agitando seu machado:
"Não se mexa!"
"O que você pensa que está fazendo?" Perguntou Chapeuzinho."Se eu lhe deixo me ajudar agora, eu estarei expressando uma falta de confiança em mim mesma e em minhas capacidades, o que causaria uma tremenda falta de auto-estima que poderia se refletir inclusive no meu desempenho escolar."
Porém o lenhador não se intimida e responde: "Última chance, baby, afaste-se desta espécie protegida, eu sou um agente credenciado do IBAMA."
Como Chapeuzinho não considerou fundamentada a imposição imperialista e policial, o lenhador num movimento seco deu uma machadada certeira na contraventora.
"Ainda bem que você chegou a tempo!" Disse o lobo aliviado. "Esta jovem e sua Avó haviam me capturado nesta ideologia de violência."
"Não." Diz o lenhador. "A verdadeira vítima aqui sou eu, que tive que lidar com minha raiva profunda e encarar de frente todos os meus fantasmas. E ainda vou ter que lidar com o imenso trauma de ter tido contato com uma parte violenta da minha essência para a qual minha formação pessoal não estava preparada a confrontar."
"Eu sinto sua dor." Condescendeu o lobo. Os dois se abraçam fraternalmente.
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Jorge Teixeira
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Missão: férias
quinta-feira, 17 de julho de 2008
rasurado pelo
Jorge Teixeira
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Que eu cansei da nossa fuga
terça-feira, 15 de julho de 2008
Esse é só o começo do fim da nossa vida
Deixa chegar o sonho
Prepara uma avenida
Que a gente vai passar
Veja você, quando é que tudo foi desabar
A gente corre pra se esconder
E se amar, se amar até o fim
Sem saber que o fim já vai chegar
Deixa o moço bater
Que eu cansei da nossa fuga
Já não vejo motivos
Pra um amor de tantas rugas
Não ter o seu lugar
Abre a janela agora
Deixa que o sol te veja
É só lembrar que o amor é tão maior
Que estamos sós, no céu
Abre as cortinas pra mim
Que eu não me escondo de ninguém
O amor já desvendou nosso lugar
E agora está, de bem
Diz quem é maior
Que o amor
Me abraça forte agora
Que é chegada a nossa hora
Vem vamos além
Vão dizer
Que a vida é passageira
Sem notar que a nossa estrela
Vai cair
_____________________________
Férias é hora de rever DVD do Los hermanos
.
rasurado pelo
Jorge Teixeira
às
22:13
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O PAC do Pinto
sábado, 12 de julho de 2008

O espetáculo do crescimento
do melhor amigo do homem.
Olá pessoas fantasmas que chegam à este recinto. E eu sei que não chegam por força do destino, mas por uma disfunção de coordenação motora. É, eu sei, vocês clicaram sem querer naquele link quase que erótico.
Clicar em links na internet é invitável. Várias vezes eu me segurei pra não clicar naqueles folders "aumente seu pênis em até um metro e meio!". Sério, tem uma propaganda no orkut falando disso, e tem até um site > novopenis.com! Novopênis é foda. E o que que a gente faz com o antigo?
Novo pênis. Olha as coisa que eu sou obrigado a ver. Ainda bem que meu AVG bloqueia a maioria dos pop-up's.
Tem uma música do Ira!, aquela falecida banda paulistana, que diz: "Mas essa vida é passageira, chorar eu sei que é besteira, mas meu amigo, não dá pra segurar. Não dá pra pra segurar." A referida canção fala da dor que é perder um amigo ("É quando seus amigos te supreendem deixando a vida de repente.."). Mas vejam como aquele trecho cai perfeitamente na propaganda fantástica do programa de aceleração do crescimento peniano: "..essa vida é passageira, chorar eu sei que é besteira, mas meu amigo, não dá pra segurar". Quer dizer, a vida é passageira e já já seu menino vai te deixar na mão, mas chorar é besteira, você precisa fazer alguma coisa!, e já que de tão pequeno 'não dá pra segurar', clica e dá um up no rapaiz pô!
Não dá pra segurar? Clique aqui e resolva seu imbróglio.
Mas tem uma falha nessa estratégia de marketing: eles não te dizem quanto tempo pode demorar seu 'tratamento'. As promessas de emagrecimento instantâneo são bem claras: Perca peso em três minutos. Como emagrecer de Preta Gil à Paris Hilton em dois palito.
Então, eles deviam fazer um lance assim: "Turbine seu pinto em três movimentos". Fica até parecendo concerto da Osesp! Que xique rapai.
Ou então assim: "Brochamento nem a pau. Aumente seu pinto com técnica infalível. No duro!"
Puta que parmera quanta merda. Quem deveria fazer um comentário a respeito de tais campanhas publicitárias era o senhor Auei de Petrópolis.
Beijos, até o próximo momento de babaquice.
.
rasurado pelo
Jorge Teixeira
às
11:04
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Beijos me orkuta! - The Return
domingo, 6 de julho de 2008

Como o tema orkut é muito grande e divertido, fiquei de fazer a continuação porque não falei de um monte de coisa. E também estou atendendo à pedidos, já que o capivaras só não é mais requisitado que o blog do Bruno Medina. Ai pro meio tem uns comentários que roubei do Zé e da Thalita. Os créditos à eles então.
Beijos me orkuta! – Parte 2
No texto passado falei de alguns aspectos do movimento orkutiniano. Uma transeunte parnasiana de algum outro universo paralelo pousou por aqui e disse que no orkut todo mundo está interligado mas os vínculos são líquidos. Foi justamente isso que eu pretendia atingir, não com essas palavras elaboradamente medidas. No presente artigo (eu gosto dessa linguagem Saviani de ser) quero falá de outras paradas.
Uma coisa que é absolutamente peculiar e interessante é que o orkut se recicla numa velocidade impressionante. Na época que eu criei a minha conta por lá, ele era em inglês, e não tinha um quinto das coisas que tem hoje. Dentro desse boom de novidades está uma coisa chamada Sorte de hoje, que tenho certeza, só foi possível depois de algum e-mail que o imortal Paulo Coelho mandou pro Sr. Orkut (sim, o Orkut é um cara. O Danilo Gentili disse que ele deve se sentir constrangido ao sair na rua e ver as pessoas dizerem: você entrou no Orkut hoje? Quer dizer, seria o mesmo que dizer 'Você entrou no Jorge hoje?')
A ‘Sorte de hoje’ é uma frase que se pretende sábia, e tem por objetivo elevar a auto-estima do usuário, ou fazer ele acreditar que é realmente querido pelas cinco centenas de pessoas que ele tem por amigo naquele canto direito. Por exemplo, a minha atual Sorte de hoje é “Você nunca vacila ao lidar com os problemas mais difíceis”. Mano, to me sentindo uma Drag Queen na paulista depois disso!
Se todo mundo copiasse essas Sortes de hoje ninguém mais ia precisar ler livros de auto-ajuda, O Segredo, as cinco qualidades das pessoas super competentes, etc.
Outro fator que é uma gostosura de ver: o docinho que algumas muitas pessoas fazem pra adicionar outras. Só add com scrap! Não adianta insistir! Essa é geralmente o argumento mais usado para se ter uma caixa de recados cheia, o que pro ego é ótimo.
Esses dias eu estava perambulando sonambulamente pelo orkut alheio e vi um negócio extremamente batuta: “Não costumo adicionar quem não conheço! Portanto scrap de identificação é NECESSÁRIO.”. Quer dizer, a pessoa não 'add' desconhecidos, mas se rolá um scrapzinho, beleza! Tá dentro. “Olha, você não me conhece, mas sou o fulano, me adedê." Já era.
E agora pra preencher a sua descrição de personalidade orkutiana você tem os aspectos social, profissional e pessoal. No social você põe quem você é, se seu hobby é rosa ou violeta, se você ama seu namorado mais que tudo, se você é o cara mais 'zoeira' e que seus amigos são os mais fodas. No profissional você põe aquilo que você acha que deve por, na esperança que o Roberto Justus apareça por lá e se surpreenda com tamanha qualificação. E na pessoal, tem campos como 'Par perfeito', 'Primeiro encontro ideal', 'Com os relacionamentos anteriores aprendi', só faltou 'Minha sogra é'. Daqui a pouco vai se ver nas páginas de recado alheias uma gritação desvairada de Stop!.
Softwarmente falando, o orkut é uma página bem pesada. Demora pra carregar, até porque ele pode ter vídeo do youtube, mil fotos num perfil só, winks e smiles miguxescos pela página inteira, entre outras coisas. Se por um acaso você tentar, num momento lerdo de conexão, abrir alguma coisa mais pesada do que o normal, vai se deparar com a seguinte mensgem: “Erro de servidor. Você não pode fazer isso. Infelizmente, o servidor do orkut.com se comportou de forma inesperada. Esperamos que ele volte ao seu estado normal quando você tentar novamente em alguns minutos.”
Você não pode fazer isso! As menininhas mais inocentes devem pedir perdão imediatamente. Daí ele diz que o servidor se comportou de forma inesperada. Quer dizer, esse servidor deve ter no mínimo quatro patas e comer ração. “Esperamos” que ele volte. Esperamos quem? Tem um time adestrando o servidor, que torce para ele voltar ao seu estado normal, e que lamenta esse seu comportamento agressivo. Pra terminá ele diz “quando você tentar novamente em alguns minutos...", quer dizer, ele sabe que você é totalmente dependente desse programa, e que você invariavelmente vai tentar conseguir mais tarde. E ele não está errado. Nós tentamos mesmo.
Realmente o Orkut é uma nova civilização. É uma cyber cultura pós-moderna auto-suficiente, e para tanto não poderia subsistir sem um dialeto próprio: o miguxêis! O miguxêis é uma língua na qual os interlocutores se comunicam de maneira a parecerem ursinhos carinhosos: !Td oteMOoOO ,. e POr Aee ,.kanTO TEmpo hieM ,..Onde VC MORa meixmo ,..?heiaHEIheihIE,
euu ,.tbm ,.Ohh ,.MOI saUDAde de vc ,. heiaHIEAHihIE,. JA entro de ferIAs ? bjoooo ,,.[ aPAreçoo aEE ,..OKS]
Esse trecho faz parte de uma amostra que eu colhi, que faz parte da minha pesquisa de campo numa abordagem quantitativa. Pude perceber nessa mesma coleta que os miguxos, falantes do miguxês, têm vida sentimental e se alimentam de bytes, fritos ou cozidos.
Beijos, me myspeiça vai!
____________________________________________.
rasurado pelo
Jorge Teixeira
às
20:17
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