Zzzzz

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

__ O socialismo vai ser uma sociedade tão melhor que quando as pessoas forem comprar sapatos nunca vai acontecer de não ter o número delas, porque no socialismo todo mundo calça 41.

__ Aff, Jorge. Cala a boca e dorme logo.

__ Tsc.
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Suéteres

domingo, 7 de fevereiro de 2010



No espelho ela sorri só
Me deixa sempre a esperar
E se demora é melhor
Me abraça e pede ao tempo pra parar
(...)
Hoje eu sei..que assim era pra ser
Fácil entender, agora eu e você
Se for pra correr, não importa a direção
Que seja segurando a minha mão.



Suéteres mano! Nesse marasmo em que a cena nacional se encontra, onde reinam bandinhas coloridas com muita pose e necas de conteúdo, eis que surgem uns suéteres pra nos aquecer. Uma das coisas que parece me importar mais é que os cabras tem letras bastante fora do lugar comum, com uma formação de rock cru: duas guitarras, baixo e bateria. Sem rimas grudentinhas, as letras são muito bem feitas, com contruções difíceis de encontrar referências. Em algumas partes com uma levada deveras contagiante como "Em dias banais, você na sala eu de bermuda lilás, eu protocolo em prantos os planos jamais, possíveis entre nós um dia acontecer." Em outros momentos, sem a necessidade de fazer um som linear, rimandinho sempre, porém quase sempre com uma temática de amor, a gente encontra delícias como "E disfarça que eu já vi pior. Melhor banco de praça que aceitar você nesse lençol."

E de onde saíram quatro rapazes com tamanho potencial, uma banda nova que parece ser já tão madura? Pirassununga mano! Pela primeira vez podemos ter a identidade do velho interior paulista numa banda bem da hora. Sem essa de bandinhas do Sul, de São Paulo, do Rio ou de Recife, Suéteres vêm da improvável Pirassununga. Quer uma evidência do nosso choque identitário? O clipe da música de trabalho, Eu já vi pior, foi feito numa fazenda de cana de açúcar! Ah, como não, esse cenário tão nosso, milhares e milhares de kilometros de cana de açúcar, com seus bagaços simpáticos que infesteiam nossas garagens e quintais.

O nome do disco? Rua Caetés! Sim, também temos uma dessas aqui na Vila Cardia!
Baixem o disco dos cabras e prestigiem o som do interior paulista, que a gente tem mais do que enchentes, bagaço de cana e ruas esburacadas!


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