Ata 387

quinta-feira, 16 de abril de 2009

Acalmados os ânimos, foi pedido ao diretor de comunicação Lipão que preparasse as cédulas. Neste ínterim, o diretor administrativo Rob Marley pediu a palavra e levantou a questão do efeito estufa, do aquecimento global e do degelo das calotas, propondo que, a longo prazo, o CA Dezoito Brumário se engajasse mais na questão ecológica. Sugeriu, porém, a curtíssimo prazo - tendo em vista a boa hidratação de todos os presentes – que se comprasse algumas cervejas. A proposta foi aceita por unanimidade. A diretora financeira Lilica disse que não iria ser ela a comprar as cervejas, posto que nas últimas duas reuniões havia sido encarregada de tal função. Sublinhou ainda que poderia haver sob tal insistência um fundo de machismo dos membros do C.A. O diretor geral Cabeleira ofereceu-se para buscar as cervejas, mas lembrou-a que de machismo ele não poderia ser acusado, sendo a prova cabal de sua idoneidade o tema de seu trabalho de iniciação científica: Margaret Mead e a questão do masculino e do feminino nas sociedades "ditas" primitivas. A diretora financeira Lilica declarou nada saber a respeito da iniciação científica do colega e pediu mais informações, mas o diretor geral Cabeleira disse que preferia ater-se à pauta da dia.


Mais um do Antônio Prata, na sua época de militância pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. O texto foi uma crônica que ele mandou pra revista da FAPESP. Só postei pra expressar o meu desejo de que uma Lilica nos aparecesse assim qualquer dia.
Leia ele inteiro aqui
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Tese três: Cansei de ser PodSéx

domingo, 12 de abril de 2009

O Podsex é um dos programas que mais presta desfavores à inteligência das pessoas. As apresentadoras são chatas. Aquela ruiva tem um sotaque muito chato. A loira paga de inteiradaça em todos os assuntos. As duas ficam discutindo coisas e fetiches, como se elas tivessem uma vida sexual mais ativa e diversificada que os travecos da Nações. Sempre tem um caso diferente pra contar. “Ai esse eu pegaria, esse eu não pegaria”, faz um favor né. Digam coisas interessantes e construtivas, saiam da Mtv e vão mandar um scrap pra Marimoon.
O Podsex é uma grande contribuição à formação medíocre que a Mtv dá pro jovem médio brasileiro, e tampouco é um programa de educação sexual. Fora tudo isso, o que mais me incomoda é o sotaque das duas moçoilas lá. Podem me acusar de falso-moralista à vontade. Eu assisto aquela merda, e odeio.
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Tese dois: Rebeldes sem causa

sábado, 11 de abril de 2009

Ainda no sentido da tese um, é muito comum você ver os apresentadores joviais, sarados, descolados, dizendo com cara de militante esquerdista que nós temos que cobrar dos políticos, que ‘a galéra tem que se ligar e cobrar mesmo, o que é nosso direito meeoooo’. Esses dias no Portal Mtv, a Sophia, que é a melhorzinha de lá, propôs a enquete sobre quais questões são decisivas pra um país melhor. Resultado: em primeiro lugar, as pessoas acharam que a destruição da natureza e da poluição do ar é o que ta fodendo mais ultimamente. Segundo lugar: a violência é um fator que realmente prejudica a sociedade brasileira, então ‘acabar com a violência’ é o segundo fator mais importante pra um Brasil melhor. E em terceiro, a corrupção dos políticos é o motivo que tranca o pogresso do nosso povo. Fica a dica pra numa próxima enquête eles porporem a causa desses três motivos, que são a CONSEQUÊNCIA de outros problemas muito mais graves. Chutar cachorro morto, subir no púlpito do Altas Horas e dizer que você está revoltado com o aquecimento global, com a violência e com a corrupção dos políticos até as menininhas-aeromoças do Sesc com seus lenços no pescoço sabem fazer. Esse é o discurso dos rebeldes revoltados com as conseqüências, e não com as causas dos problemas, os famosos rebeldes sem causa. Aliás, quando foi a última vez que você viu um clipe do Ultraje na Mtv? Isso já diz alguma coisa.
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Teses sobre a Mtv

sexta-feira, 10 de abril de 2009

Ultimamente eu tenho visto mais a programação da mtv do que as outras emissoras. Realmente a grade da tv aberta é uma mierda, estática, sempre viciada nos mesmo truques baratos de sempre. Prova disso é que acabou de acabar a NONA edição do Big Brother. Desde 2000 que esse programa impesteia nosso começo de ano. Eu tenho medo que ele continue tão definitivo assim. Mas não é de Big Brother que eu venho falar mal hoje. É da Mtv.
A Mtv, ao contrário das outras tv’s, tem uma programação mais dinâmica, até porque é voltada pra um público mais jovem, adolescente demais às vezes aliás. Ora, sendo assim, a filosofia da emitevê tem que professar a fé com que o pessoal com menos de trinta se identifique. Eu vou ser um pouco moralista e um pouco careta, mas o nível de adolescência da programação daquilo está atingindo níveis impossíveis.

Tese um: O paradigma da proteção integral

A Mtv sempre foi acusada de ser alienante. O tal do Jhon Zerzan, no documentário Surplus, disse que seu modelo de violência é o cara que fica fumando maconha e assistindo Mtv. Ora, a emissora tem que desenvolver mecanismos de proteção contra esse tipo de acusação. O Mtv debate é um deles. Geralmente o programa é um caos de gente falando junto, e o Lobão se mostra demasiadamente insuportável, com as verdades que ele acumula desde os anos 80. Outro mecanismo digno de tese de mestrado são as chamadinhas eco-logicamente corretas. A Mtv tem que mostrar ao seu jovem telespectador que é engajada, compromissada com o efeito estufa. Ora quem é contra a consciência ambiental? Quem é a favor do aquecimento global? Os caras tão chutando cachorro morto. Tem sim que falar de proteção integral ao meio ambiente, mas isso é só o começo. Porém a Mtv tem o álibi de o Nelson Rodrigues ter dito que “só os profetas enxergam o óbvio”. Profética Emitevê
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Ninguém me pega



Curta do Túlio, com estrelando a galerinha de jornal do grupo de Direitos Humanos.
Esse era o Seminário abandonado que nos serviu de alojamento no Congresso de Araraquara.
Depois de escrever seu livro, plantar sua árvore e ter seu filho,
durma num desses seminário dos anos 70.

Talvez role uns projetos ae, pra esse ano de 2009.
Quem sabe alguma coisa com Fefelechers,
Aguardem
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Meio intelectual, meio de esquerda

domingo, 5 de abril de 2009

Eu sou meio intelectual, meio de esquerda, por isso freqüento bares meio ruins. Não sei se você sabe, mas nós, meio intelectuais, meio de esquerda, nos julgamos a vanguarda do proletariado, há mais de 150 anos. (Deve ter alguma coisa de errado com uma vanguarda de mais de 150 anos, mas tudo bem). No bar ruim que ando freqüentando nas últimas semanas o proletariado é o Betão, garçom, que cumprimento com um tapinha nas costas acreditando resolver aí 500 anos de história. Nós, meio intelectuais, meio de esquerda, adoramos ficar "amigos" do garçom, com quem falamos sobre futebol enquanto nossos amigos não chegam para falarmos de literatura. "Ô Betão, traz mais uma pra gente", eu digo, com os cotovelos apoiados na mesa bamba de lata, e me sinto parte do Brasil. (...)



Trecho de um texto do Antônio Prata, um dos caras que eu mais usava pra dá interpretação de texto no Cursinho. Ele demora, mas responde os scraps; fica a dica pras garotas que liam a Capricho.
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Crioncinhas

sexta-feira, 3 de abril de 2009



Pra esse tipo de aluno ninguém me dá bolsa
Tsc
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